Gil Vicente Gama* Os BRICS, um acrônimo que representa o grupo de cinco grandes países emergentes na economia mundial: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, desde a sua fundação em 2009, vem se consolidando como uma organização intergovernamental das mais relevantes no cenário mundial, prova disto, é a formalização de acesso de novas economias, sendo estes: Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Etiópia. Em 2024, o BRICS agora é BRICS + (Plus), um espaço aberto para o diálogo, identificação de convergências, concertação em relação a diversos temas sociais e econômicos; e ampliação de contatos e cooperação em setores específicos. Nesta nova configuração de países, o BRICS Plus está chegando a 36,6% do total do PIB global, em paridade de poder de compra. O G7, organização com o mesmo DNA, criada em 1975, e formada por sete das maiores economias avançadas do mundo: Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, tem 49,22 trilhões de dólares, o que dá a ela 29,98% do PIB global. Então é evidente que no comércio, investimento, segurança e desenvolvimento global, o BRICS Plus representa uma significativa parcela da economia global e com isto, amplia ainda mais a sua influência nas instituições internacionais. O Brasil, vem sendo o protagonista do desenvolvimento dos BRICS, prova disto, é a Agenda de Investimento Brasil Arábia Saudita, iniciada em julho de 2023, em um grande evento na FIESP, e que no contexto global, representa hoje um total de ativos que podem ultrapassar a marca dos 50 bilhões de dólares, e abrangendo 25% da população mundial, somadas as do Brasil e muçulmana em todo o mundo, da qual a Arábia Saudita é a grande liderança. Em convergência com este ambiente de desenvolvimento econômico pujante, em maio de 2023, a Câmara de Comercio e Industria dos países membros do BRICS – BCCI instalou o seu escritório brasileiro, em Brasília, na sede da Associação Comercial do Distrito Federal, com isto, o segmento comercial brasileiro, representado na sua base pelas Associações Comerciais e na cúpula pela Confederação Nacional do Comércio/CNC, que hoje abrange mais de 23% do PIB Brasileiro, abriu espaço para que empresários nacionais, acessem uma plataforma de internacionalização de seus empreendimentos como nunca antes vista na história do nosso país. Se existe um local certo, no melhor momento de desenvolvimento econômico para se estar atualmente no mundo, este é o Brasil. Gil Vicente Gama, advogado, empresário, Presidente do Conselho Internacional da Associação Comercial/CIAC, Presidente do Conselho Econômico para o Mundo Árabe – FCCE/CNC; Conselheiro do BCCI.